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Zeferina explora o afrofunk para apresentar "Me Livra", single que antecipa o seu disco de estreia

A artista paulistana convida a pernambucana Mun Há para evocar suas deusas ancestrais e protegê-las do não-afeto. "Me Livra" chega pelo selo Colméia22 (Altafonte)


Com a premissa de apresentar a persona de Preta Dourada, que também é o nome de seu disco de estreia, a cantora e compositora Zeferina fez o lançamento de “Me Livra”. O novo single antecedeu a chegada do álbum, previsto para junho, e ecoa como um chamamento às suas ancestrais e às suas deusas — para livrar, por meio de uma reza, toda a toxicidade afetiva ofertada por homens hétero-genocidas. Explorando o afrofunk, uma mistura de funk com macumbaria e brega, “Me Livra” chegou às plataformas de streaming no dia 11 de maio, com participação da artista pernambucana, travesti, preta e não-binária, Mun Há. A distribuição é do selo Colméia22 via Altafonte (ouça aqui).


“Quando a gente canta ‘me livra’, estamos convocando nossas ancestrais, nossas deusas, para nos livrar da toxicidade afetiva ofertada pelos homens hetero-genocidas – pessoas com quem nos relacionamos anteriormente”, explica Zeferina, que hoje se identifica como uma pessoa LGBTQIAP+. A multiartista da periferia de São Paulo trilha sua jornada na cena cultural, desde 2006, expressando as urgências éticas e as cotidianas de sua vivência. Após lançar “Faz o Pix”, primeiro single de seu disco (previsto para 15 de junho), a cantora apresenta “Me Livra”, um som dançante, vibrante e que une política e afeto.


A faixa representa também um momento de renascimento, em que a cantora reaprende a se amar. “Se o amor fosse tratado como uma ação saudável, em que somos ensinados a amar, como troca de saberes e axé, corpos como o meu não iriam sofrer com a consequência do não-afeto. Pois, afinal, somos corpos não normativos, e lidamos com as negativas da vida desde que nascemos”, afirma Zeferina. Além da participação de Mun Há, o single conta com a produção musical de BaseMcBeat. “Para nós, essa música é como uma celebração que versa sobre a coragem de se libertar”, finaliza a artista.

Ficha Técnica: Música Vozes por: Zeferina & Mun Há Letra e Composição por: Zeferina & Mun Há Produção Instrumental: BaseMcBeat Gravado, Mixado e Masterizado no "RefugiAudio-Estúdio" por: BaseMcBeat @basemcbeat


Capa Foto: Dani Souza @danisouzafoto Capa: Priscilla Dorini @tr3zedesign Make: Sarah Elizabeth @sarah_ebeauty @sarapibari Jóias e acessórios: Ojire @ojireart Stylist: Elisa Rosa @a.elisarosa Apoio: Zeferina @zeferinaoficial Direção artística: Elisa Rosa @a.elisarosa / Zeferina @zeferinaoficial Produção executiva: Zeferina @zefetinaoficial


Lyric Vídeo Edição de vídeo : @labtreze Vozes por: Zeferina & Mun Há Letra e Composição por: Zeferina & Mun Há Produção Instrumental: BaseMcBeat Gravado, Mixado e Masterizado no "RefugiAudio-Estúdio" por: BaseMcBeat @basemcbeat Distribução: Selo Colméia22 & Altafontebrasil


Visual Foto: Dani Souza @danisouzafoto Capa: Priscilla Dorini @tr3zedesign Make: Sarah Elizabeth @sarah_ebeauty @sarapibari Jóias: Ojire @ojireart Stylist: Elisa Rosa @a.elisarosa Apoio: Zeferina @zeferinaoficial Direção artística: Elisa Rosa @a.elisarosa / Zeferina @zeferinaoficial Produção executiva: Zeferina @zefetinaoficial

Sobre Zeferina Zeferina nasceu em São Paulo, terra de Exu, banhada na beleza, na fertilidade e na sensibilidade que herdou de Oxum. Dona de si, cria da periferia, onde o berço de ouro é construído pela luta e na fé. Preta curandeira, cantadeira, feiticeira da palavra, arte-educadora, atriz, produtora musical, avó e mãe solo livreGBT, que resiste e vive do seu corre na cena cultural. Exaltando o afro e afrontando em suas personas, elevando o poder do que lhe é sagrado e profano, dialogando entre o ancestral e o futuro. Preta Dourada (que dá nome ao seu primeiro disco) é sua face de empoderamento, que chega afiada nos versos, cheia de dendê, pra abalar as estruturas do sistema no conceito Afrofunk como gênero musical. Trazendo um mix de influências sonoras da quebrada, Hip Hop/Rap,Trap, Jazz, R&B, Brega, Samba e Pagodão, essa celebração mulherista expressa as urgências éticas e cotidianas da artista, dando ênfase à diversidade, potencializando sua corpa política não normativa e tornando-se uma formadora em um religare com o nordeste. A produção musical fica por conta de Base Mc e a distribuição com o selo Colméia 22 (Altafonte). Dando continuidade a nova fase de sua carreira, que iniciou em 2006 nos saraus de "Literatura Marginal" e rodas de samba (seus primeiros palcos). Zeferina vem ocupando um espaço especial no afrofuturismo brasileiro ao lado de grandes artistas da música nacional e internacional como Tassia Reis, Doralyce, Lenna Bahule, Thiago El Nino, Zudzilla, François Muleka, Smartsong. Em suas escrevivências poeticas, lançou o livro 'Rio Vermelho' em 2022 valorizando a literatura feminina dos extremos para o mundo.


Sobre Mun Há Mun Há, artista travesti preta e não-binária, diretamente de Orobó, cidade do agreste pernambucano. Em 2019 lançou sua primeira música nas plataformas digitais, “Quem Vai Salvar?”, uma mistura de arrocha, reggae, brega e dub que traz em sua letra conteúdo antiproibicionista e evoca liberdade dos corpos, suplicando pelo fim do extermínio das populações não hegemônicas. Atualmente sua pesquisa musical busca entrelaçar e transformar o brega com outros ritmos que são referências na sua construção. Hoje o principal material é o seu 1° álbum “MUNDHANA” que foi lançado no começo de setembro de 2022 de maneira independente e é o primeiro álbum de brega funk produzido por uma travesti não-binaria na história da música.


 
 
 

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